sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Loucura e Vontades

- Madness? This is SPARTA!!!

Vai dizer que você nunca quis fazer algo assim?

Como tava conversando com o Limongi outro dia, acho que todo mundo tem umas vontades loucas de vez em quando, não?

Tipo quando você tá no carro, segurando o celular na mão e dá vontade de jogar ele pela janela pelo simples prazer de ver o caos e a destruição.

Ou quando tá passando uma pessoa na rua que você nem conhece e nunca viu na vida e te dá vontade de dar um soco na cara dela ou então uma voadora.

Fora outras coisas menores e sem sentido.

Vocês vêem... A distância entre pessoas loucas e pessoas normais é muito pequena.
O que pode diferenciar uma pessoa normal de uma louca é simplesmente o fato de dar ouvido a suas próprias vontades ou não.
Tanto é que muita gente sob certas circunstâncias acaba perdendo o controle e fazendo coisas que não fariam normalmente. Do tipo que pessoas normais não fariam, coisa de gente doida mesmo.

Não vou citar exemplos aqui, todo mundo deve saber alguma engraçada, mas o fato é que vontades todos temos, se temos o autocontrole e se as realizamos ou não é outra história.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Visão Pessimista sobre o Ego

Já perceberam que tudo o que fazemos é exclusivamente voltado para satisfazer nosso próprio ego?

Em geral, fazemos as coisas porque gostamos, porque achamos certo ou porque nos trará algum bem.
Mas mesmo nos casos em que somos obrigados a fazer alguma coisa, nos submetemos a fazê-lo apenas porque mentalizamos que há um ganho se fizermos, alguma penalidade se não fizermos ou que é alguma retribuição por ganhos passados. Se vemos que não há nada disso, então por que fazer?

Como já vi alguns dizerem, quando discutimos sobre algum assunto, não estamos interessados sobre a opinião do outro realmente ou em aprender com ele, mas queremos provar que estamos certos para sair por cima, com o ego massageado.
E mesmo que estivéssemos, apenas estariamos por imaginar que esses conhecimentos e/ou informações adquiridas serão úteis, importantes para nós, ou simplesmente porque nos interessa.

Quando fazemos amigos, não queremos amigos que falam o que pensam ao extremo. Ninguém gosta de quem fala a verdade o tempo todo porque isso muitas vezes fere nosso ego, seja por alguma opinião desagradável ou por apontar falhas, erros e defeitos que nos fazem sentir mal. (Mas quem está realmente errado? A pessoa por falar o que pensa ou nós por dar importância pra determinadas coisas?)

Pegando outro exemplo radical, vejamos o caso da solidariedade.
Quem nunca ouviu uma pessoa após ajudar outrem dizer: "A minha maior satisfação é ver a felicidade dessas crianças/dessas pessoas."
Ou então são a favor da preservação da natureza pois estão preocupadas com o futuro do planeta onde seus filhos vão viver.
Empresas, no caso, ganham incentivos fiscais para serem solidárias.
Em outras palavras, pessoas são solidárias simplesmente porque lhes traz satisfação, alívio próprio de consciência ou pra ficar bem na fita.

Poderia-se dizer então que por trás de toda ação e pensamento, há um sentimento egoísta.

Mas voltemos ao título do post, "Visão Pessimista sobre o Ego".
Muita gente vai discordar do que eu escrevi aqui, porém, como disse, isso é apenas uma visão, uma forma particular de ver a realidade que pode estar certa ou não.
Pra quem tem sensibilidade, a vida pode ser muito mais que isso e, pra quem é sábio ou ignorante o suficiente, isso tudo não tem a mínima importância.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Picaretagem de Verão

Como falei em posts anteriores é verão, mas to estudando. Mas o grande lance é que não cheguei a descrever que tipo de matéria estou pegando. A começar pelo nome, elas são Metodologia de Pesquisa Aplicada à Administração (MPAA) e Tópicos Especiais em Sistemas Mecânicos - Algoritmos Genéticos (AG). Sobre a segunda, mesmo faltando duas semanas, já acabaram as aulas, faltando apenas o trabalho final. Quanto a outra, tenho tido aulas, mas são aulas em geral muito toscas, uma parte devido ao conteúdo, mas principalmente por causa do professor.

Deixarei a exemplificação de como são essas aulas a cargo do amigo Limongi:
Ahhh o verão... éé.. o verão, estação onde todos deveriam estar viajando e aproveitando a vida da melhor forma possível, seja curtindo a familía, aquela praia ou até dormindo 12 horas por dia e comendo as outras 12. Me pergunto então, porque será que alguém escolheria 'estudar' no verão? Loucura? Que nada. Depois da maravilhosa aula vista por mim hoje - e perdida pelo meu grande amigo Japa - mudei toda concepção sobre o verão. Porque NÃO estudar no verão?

Calma, calma. Começarei do início. Você estudante de Engenharia (ou qualquer curso de exatas, ou melhor, qualquer curso superior... enfim, você que viu física alguma vez na vida) aprenda uma lição: nunca deixe um professor velho de admnistração falar sobre física em sala de aula. Primeiramente, em doze aulas vistas, onze foram revisão da primeira. Mas não, não ache que o professor julgue seus alunos 'burros', ele só deve achar difícil demais aprender a diferenciar teologia de cientificismo em onze aulas (até agora). Pois bem, como forma de expandir os conhecimentos de seus alunos, o professor ao qual me refiro decidiu ensinar, hoje, mais exemplos sobre a diferença entre os tipos de conhecimento.

Começou pelo conhecimento teológico, aquele baseado na fé, independente de religião (só isto não basta para entendermos?). Desculpe leitor, não poderei ser extremamente claro agora, pois estava 'distraído' na aula. Porém, de repente, deparo-me com o professor falando de amor entre pessoas velhas, casais que estão juntos a mais de 50 anos e, como sempre, dando exemplo da sua vida pessoal (sobre amor ainda). Sim, o que tem a ver com conhecimento teológico? Infelizmente, um mistério que não descobri e, portanto, não poderei revelar-lhes.

Achei então que a aula não pudesse piorar. Eis então, quando começou (pela décima segunda vez) a explicação de conhecimento científico. Conhecimento baseado na razão (também não suficiente para explicação?). Chegou então ao slides de exemplos:
Exemplo 1: Todo corpo em queda livre está sujeito a aceleração da gravidade. Precisa de explicação? Pois se precisar, a explicação COM CERTEZA não seria essa: "Sim pessoal, todo corpo que cai está sujeito a gravidade, isso é um fato provado cientificamente, conhecimento portanto, científico. POR EXEMPLO, SE UMA VELHINHA DE CIMA DO PRÉDIO PEGA UM REVOLVER E ATIRA NUM VELHINHO LÁ EMBAIXO, A BALA VAI COM ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE". Pergunto eu, precisava desse exemplo? Coitado do velhinho, imagina, se ele estivesse a 100 metros da velhinha, teria de esperar um pouco mais de 4 segundos para morrer? É, morte lenta e dolorosa para um tiro não? Talvez ele até consiga correr e escapar da bala se não for tão velhinho...
Exemplo 2: O ouvido humano é capaz de perceber sons entre 20 e 20000 hertz. Meu caro leitor, se você tem problemas de coração pule esta parte, pois é realmente dolorosa. O exemplo acima não parecia claro por si só, ou melhor, não continha asneiras por si só, sendo assim, o professor complementa (sempre): "Claro não pessoal? Por exemplo, eu to conversando agora a um pouco mais que 20hertz - pausa para agonia do leitor. - Aquelas festas com som alto? Então, o som daquelas festas estão a 1000hertz (ou mais) - segunda pausa para outra agonia. Mas ainda tem os velhinhos. Comentário: de novo os velhinhos? Isto porque vocês não sabem o quão novo o professor é (ironia) - que de tanto irem a festas - comentário: velhinhos baderneiros não? - já tem o ouvido fraquinho e escutam só entre 100hertz e 20000hertz - terceira pausa para agonia do leitor, dessa vez, leva tempo viu. - Eu mesmo já não ouço tão bem... se vocês cochicharem a 20hertz capaz deu não ouvir - basta!" Então, desde quando frequência de uma onda define o 'volume' da mesma? Melhor parar os comentários por aqui... Pensei na hora: "coitado do japa, que ta perdendo essa biblioteca de conhecimento, poderia até ser útil pra ele... acho que isso merece um post."

Eis então que olhava no relógio: 9:20, ainda faltavam 40 minutos para o término da aula. "Por que diabos o professor tem de fazer duas chamadas? Por que não uma só no início da aula?" Decidi que o melhor a fazer era pegar o celular e voltar a me 'distrair'. Sei que, depois da aula de hoje, não tenho a menor dúvida de que, como autorizado pelo professor, qualquer tema de engenharia que escolha para o meu trabalho, será mais que suficiente para que ele não tenha noção do que se trata.

Fato engraçado: parecia que só eu estava incomodado com a quantidade de asneiras sobre física dita pelo professor. Definitivamente, não nasci para humanas.
Hoje eu fui pra aula (e o Limongi não). O professor estava explicando sobre remédios em textos científicos, que devem ser colocados os princípios ativos e não o nome de um remédio específico. "Até maconha tem nome científico, como é? Cannabis? Vocês devem saber disso melhor do que eu", falou apontando para o fundo da sala, não sei para quem. Todo mundo riu e aí ele começou a falar do Michael Phelps que foi pego fumando maconha publicamente (????). WTF?


Pois é, eu já tava esperando que as matérias no verão iriam ser mais fáceis, mas não imaginava que iriam ser tão picaretas. Sorte?