segunda-feira, 23 de junho de 2014

Conversa com a Jessica, escolhas difíceis e identidade

Uns dias atrás estava conversando com uma amiga.

Estava falando que, em algumas situações, pensar no futuro distante pode apenas te fazer se desesperar. Nessas horas é importante se deter ao futuro mais imediato, porque a gente só consegue dar um passo de cada vez. Pé ante pé, passo a passo, percorremos quilômetros.

Comentei também que uma pessoa só é fracassada quando ela abraça o fracasso. Lembrei de uma frase que ouvi de um ultramaratonista uma vez: "a dor é passageira, desistir é para sempre". Então, mesmo que você não seja bem sucedido no que faz, em certos casos, apenas por saber que você deu o melhor já é o suficiente. Se você desiste, talvez tenha que conviver com a culpa por algum tempo. Se você persevera, é possível chegar ao final de alguma provação e ficar satisfeito consigo mesmo, ainda que tenha falhado. E a leveza de consciência, para mim, vale mais do que qualquer sofrimento passageiro.

Também falamos que certas coisas na vida são difíceis de conseguir e que é necessário ser forte para obtê-las. Na hora em que você mais quer desistir é a hora em que você tem que brilhar, que tem que surgir sua força de vontade. E isso se estende para diversos aspectos da nossa vida, não se aplica apenas a simples atividades. Por exemplo, ser uma boa pessoa e fazer o que é certo pode ser difícil hoje em dia. Há possibilidade de que você se prejudique em várias situações apenas por tentar agir da maneira correta. Porém, se você desiste e acaba tomando as decisões erradas, então, no fundo, isso significa que você não é realmente uma boa pessoa. São nos momentos de provação que descobrimos quem somos de verdade e que criamos identidade.

Por um acaso, ontem vi um vídeo do TED, cujo link coloco abaixo:
http://www.ted.com/talks/ruth_chang_how_to_make_hard_choices
Ruth Chang fala como criamos identidade a partir de escolhas difíceis.

O engraçado é que, depois de um tempo, quando ficamos mais maduros e criamos uma identidade que imaginamos que temos, várias escolhas difíceis passam a se tornar fáceis. Uma pessoa que se identifica como urbana normalmente não pensaria duas vezes em recusar a troca de um emprego em uma cidade grande por um no interior caso não houvesse algum fator de apelo elevado. Deixamos de vestir roupas, fazer coisas e conhecer pessoas por achar que não combinam com a gente.

Criar identidade é importante para acharmos nosso lugar no mundo, estabelecer conexões e, claro, ser feliz. No entanto, reconheço que a força de algumas pessoas está ligada à sua capacidade de desapegar de sua própria identidade e se reinventar. Se não estamos felizes, às vezes é necessário mudar coisas que não imaginamos que seria possível, abandonando auto-imagens às quais nos apegamos tanto.

Acabei divagando e este post acabou ficando maior do que o usual e do que gostaria, mas acho que a reflexão foi interessante.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Sensibilidade

"Really don't mind if you sit this one out
My word but a whisper, your deafness a shout
I may make you feel but I can't make you think
Your sperm's in the gutter, your love's in the sink"

Ter sensibilidade é perceber as sutilezas da vida e entender que detalhes podem fazer toda a diferença. Afinal, o que é diferente chama a atenção e se destaca.

Se você não vê o lado poético da vida, você não é feliz. No máximo tem um senso hedonístico de felicidade. Porém, a vida também não é para os fracos de coração. Merda acontece.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Prisão

A racionalidade é uma prisão chamada loucura.
A pessoa que é demasiada racional pode ficar frustrada por achar que não deve ficar frustrado, triste ou com raiva, visto que se sentir assim não faz o menor sentido, não resolve problema nenhum e, em geral, não traz benefício.
Às vezes é preciso fugir de si mesmo para não enlouquecer.
É necessário optar por uma loucura diferente.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Conversa e sexo

Mulheres gostam de sexo.
Contudo, mulheres gostam mais de conversar do que fazer sexo, porque acham que, ao conversar, elas estão criando verdadeira conexão com parceiro.

Homens gostam de sexo.
Homens gostam de conversar também.
Porém, homens acham que conversar eles podem fazer com qualquer um.
Sexo eles só podem fazer com a companheira.
Não que eles achem que a companheira só sirva para sexo, mas o sexo é o diferencial da relação.
Para a mulher, não.

(Este texto não se aplica a todo mundo, mas acredito que ele descreve muitas relações.)