domingo, 26 de dezembro de 2010

Minha Flor

Minha flor é a flor das flores
É a mais bela do jardim do éden
É a rainha dos campos elísios
É a mais cheirosa de todos os paraísos

Minha flor é meu amor, minha vida
É única e insubstituível
É o remédio que cura minhas feridas
É tesouro que guardo com estima no coração

Perdê-la seria uma dor terrível
Seria trevas, seria escuridão
Seria tristeza e solidão

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Refúgio

Neste mundo, onde pessoas vagam sem rumo, procurei um refúgio
Encontrei-o ao perambular pela beira da estrada
Em um mato fechado, uma cabana de madeira isolada
Um lugar aonde só eu conseguia chegar
Me senti seguro e depositei meu coração, meus sonhos e minha esperança

O que aconteceu depois?
Eu não sei...
Continuo vivendo e esperando para ver

domingo, 7 de março de 2010

Histórias do Subconsciente - O Pai e o Filho

Acabei de acordar. Ainda estou com sono e vou dormir de novo, eu acho. Mas estou aqui pra postar essa história porque tive um sonho, daqueles perturbadores, com o tipo de história que só o subconsciente da gente consegue criar. A história segue abaixo.

Era uma família que vivia uma vida muito boa e tranquila. Tinha o pai, o qual tinha um bom emprego e, nos tempos livres, trabalhava no orfanato que fundou. A mulher era uma dona de casa primorosa, esposa e mãe carinhosa. E o filho era um moleque comum, mas muito inteligente e feliz. Cresceu junto com os garotos do orfanato, que eram como irmãos para dele.

Porém, com o passar do tempo, o menino começa a perceber certas coisas. De vez em quando, ele sofre alguns lampejos nos quais ele consegue ver os pensamentos do próprio pai. O pai percebe que o filho está cada vez mais entrando em sua mente e começa a revelar seu lado vil e perverso. Ele mata a própria esposa e começa a matar as crianças do orfanato uma a uma, na frente do garoto, mostrando uma personalidade infantil e sombria, que não consegue admitir uma "derrota".

Chegando finalmente ao banheiro e prestes a matar o próprio filho, o pai olha nos olhos da criança. E então a criança o fala a verdade que os dois sabiam de certa forma, mas que nenhum dos dois queria admitir.

O filho, a esposa, o orfanato, toda aquela realidade não passava de uma fantasia criada pelo pai em resposta a uma culpa muito grande que ele sentia devido à morte de uma criança em uma circunstância que não ficou clara no sonho.

O pai, percebendo o que acaba de ouvir, tem um surto de insanidade no qual começa a gargalhar como louco. E chorando, ele abraça o filho, aceitando finalmente sua própria culpa.

Tudo se fecha na escuridão.

O menino acorda numa cama, ao lado de uma mulher meio idosa. Tinha adormecido enquanto via televisão. Ele levanta e chama sua avó e seu avô para saírem. Pega a bicicleta e vão para um parque. Ao sentarem na grama para descansarem, o menino pede para que contem sobre pai. O pai tinha morrido logo quando ele nasceu. Suicidou-se.

Aquela era uma outra realidade deixada pelo pai para o filho, como um último ato de redenção, na qual ele se mata enquanto é jovem para evitar que traga sofrimento a si mesmo e ao garoto, e permite que o menino viva uma vida verdadeiramente feliz, criado pelos avós.

O pai e o filho eram faces de uma mesma pessoa que trava uma batalha mental contra si mesma. Porém, ao criar uma segunda realidade, o pai consegue desassociar as duas imagens e dá uma nova oportunidade ao filho de ser feliz, se tornando pai e filho verdadeiramente.

O fato de o pai matar todos reflete sua imaturidade em relação à culpa que sente, demonstrando sua incapacidade de aceitar que a realidade não passa de fantasia. Ele se revolta e tenta destruir tudo, sem querer deixar espaço para que o filho diga a verdade que o machucaria e significaria sua "derrota".

Isso é irônico pois demonstra um filho mais maduro e inteligente que o pai na história. Um filho que se mostra mais racional enquanto o pai é guiado pelos seus sentimentos e medos. Fato que, de certa forma, me diz que a criança, na sua inocência, tem uma capacidade maior de encarar certas coisas que o adulto, cheio de medos e preconceitos, não consegue.

No sonho, eu me vejo no papel do pai em algumas horas e de filho em outras. Eu sou o filho no início do sonho, mas quando o pai mata todos e chega para matar o menino no banheiro, eu sou o pai que olha em seus olhos e escuta o que ele fala. Na segunda realidade, eu me vejo no papel de filho novamente.

Não é o primeiro sonho que eu tenho com esse nível de realidade e profundidade. De vez em quando acontece. Em uma das vezes, eu achei a história tão interessante que evitei escrevê-la aqui porque ainda pretendo fazê-lo algum dia de forma decente, para publicação. Mas ainda preciso desenvolvê-la melhor.

Não sei o que esses sonhos significam, acho que ía ser legal se um psicanalista pudesse me dizer. Só sei que quando os tenho acordo assustado devido à realidade e intensidade deles. É raro acontecer, mas vou procurar postar aqui os próximos que vierem, sempre que tiver um sonho desses.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Picasso não Pichava

"Picasso não Pichava" é o nome de um projeto social aqui de Brasília que tem como objetivo manter as crianças e os jovens ocupados com várias atividades e tirá-los das ruas. No projeto, tem oficinas de pintura, serigrafia, dança etc.
É um lance legal e tal. Mas o motivo de eu puxar esse assunto é outro.
Um dia eu tava andando em uma passagem no eixão e vi a seguinte pichação:
Picasso não pichava
Foda-se nois picha
Ou algo mais ou menos assim. Já faz bastante tempo também.
Enfim, não tem lição de moral nem conclusão nessa história. Só tava lembrando disso outro dia e decidi registrar aqui.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Motivação

Todo semestre ou ano, eu tinha uma palavra ou expressão diferente entre parênteses no meu msn.
Já tive disciplina, empatia, e força de vontade e talvez alguma outra que não lembre no momento.

São como mantras que repito para mim mesmo durante o tempo em que estão lá, para me lembrar de coisas que são importantes para mim em épocas particulares, de coisas que quero cultivar, e me servem de motivação para fazer o que devo do jeito correto, principalmente em momentos difíceis.
E, toda vez que entro no messenger, a palavra está lá para me lembrar, para não me deixar esquecer, e a observo quase todos os dias.

Ano passado não tive nada.
Não que tenha sido um ano ruim, mas poderia ter sido melhor. Alguns contra-tempos, fiquei mal, senti-me desmotivado. Posso dizer até que fui fraco.

Mas ontem tive uma epifania, um raio de luz.
Decidi que neste semestre ou neste ano, devo manter o pensamento reto e mirar no que é concreto.
Acho que a palavra correta seria foco.
Não devo me desviar do caminho, pelo menos pelos próximo seis meses, enquanto ainda tenho um restinho de curso a percorrer.

Provavelmente, quando terminar, terei que repensar muitas coisas e será um tempo de "renovação". Imagino que talvez seja essa a palavra para o próximo período (?).

Coisa de ano novo, eu acho. Mas quem viver, verá.