segunda-feira, 30 de março de 2009

Gangue do Pit Stop e Maluco do Trote Solidário

Semana retrasada estava na sala, assistindo aula, quando aparece um sujeito na porta e pergunta "Alguém tem um Gol preto de placa tal-tal-tal?"
Mas ninguém se manifestou e ele foi embora. Pensei: "Pronto. O maluco do Gol deve ter feito alguma merda..."

Depois, saindo da aula pra ir almoçar com os brothers, vi uma confusão no estacionamento e, logo em seguida, vi o tal Gol preto que o sujeito tinha falado. Sem rodas. Apoiado em um macaco.

Deu vontade de tirar uma foto, mas não deu tempo.

O Gol devia ter umas rodas muito maneras pra robarem desse jeito. E, porra, em plena luz do dia? Que foda esses ladrões, hein...

Mas o melhor veio depois: especulações pós-fato entre amigos.

Primeiro: O que você faria se chegasse no estacionamento e visse seu carro sem rodas?
Algumas sugestões surgiram, do tipo 'correr de um lado pro outro gritando que nem menininha', mas a melhor com certeza foi a do tiozão. "Eu ligava pra quatro brothers e falava: 'Mlk, traz seu estepe aí que eu to precisando'".

Segundo: Como os caras conseguiram roubar as rodas do carro de dia, mais especificamente de manhã, e ninguém ver?
Po, provavelmente eles devem ter sido bem rápidos. Pra isso eles devem ter tipo uma oficina na qual eles ficam treinando, naipe pit stop de Fórmula 1. Imaginando a cena: fica um dos bandidos com o crônometro na mão, enquanto uns outros 2, 3 ou 4 fazem o serviço. "Porra, tá lento. Bora fazer essa merda de novo mais rápido". Eaí eles começam de novo. Só pode...

Já no dia seguinte, tava saindo pra almoçar, dessa vez sozinho, e vejo um maluco correndo no estacionamento da universidade na minha direção. Logo em seguida, ele deixou alguma coisa cair no chão. Parecia uma bermuda azul ou coisa assim, mas não interessa...

Depois de mais alguns metros, quando ele chegou perto de mim, falei:
- Ow.
Mas antes que eu pudesse continuar, ele já foi perguntando, visivelmente apressado:
- Você vai pro trote solidário??
Eu, pego de surpresa, respondi:
- Quê...? Não...
Ele, de novo:
- Você vai pro trote solidário??
- Não, véi... Tu deixou cair uma parada lá. - Aponto pra coisa caída.
Ele:
- Você vai pro trote solidário??
- Não, po.

Nisso, ele se virou, e saiu correndo pra pegar a coisa que ele tinha deixado cair, enquanto eu segui meu rumo tentando processar o que tinha acabado de acontecer.

Depois de rir pra caralho, pensei: "é, e eu que sou o doido..."

quinta-feira, 19 de março de 2009

Sumiço

Sumirei.

Decidi que vou estudar.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu

Tentar me definir é uma das coisas mais difíceis pra mim, porque se torna muito confuso às vezes.

Descobri que sou uma pessoa que segue com fidelidade certas regras e leis. Não gosto de problemas. Gosto da vida fácil. Não gosto me arriscar. Gosto do que é seguro. (Acho que grande parte das pessoas apresenta esse sentimento em diferentes níveis.)
Nesse quesito me vejo como uma pessoa com longos braços, mas que muitas vezes os encolhe com medo de colocá-lo no fogo. Algumas vezes me sinto uma pessoa medíocre. E muitas vezes tenho ódio pois acabo não fazendo o que acho que deveria fazer.

Em oposição ao equilíbrio que busco em relação às minhas próprias coisas, gosto de ver o caos ao meu redor. Confesso que gosto de ver o circo pegar fogo. Gosto de assistir os limites, de apreciar os extremos. De ver o bem e de ver o mal também.
Nesse quesito eu me vejo como um voyeur dos desequilíbrios vida. Sou uma pessoa hipócrita e, de certa forma, vil.

Mas nas pequenas coisas, naquelas em que sinto segurança e em algumas outras, eu busco o senso de ser diferente. Lugares comuns me incomodam. Como a maioria das pessoas, gosto da idéia de me sentir único e incomum. Gosto do que é ligeiramente errado, gosto do contra-senso. Gosto de nadar contra a correnteza. Gosto de me sentir desafiado. Gosto, acima de tudo, da liberdade. Tenho vontades e vontade de realizá-las.
Além disso, também tenho facilidade em me viciar em certas coisas. Perco facilmente o controle.

Acho que sou uma pessoa cheia de defeitos como qualquer outra, mas admitir isso e se mostrar vulnerável é complicado, e poucas pessoas o fazem. Mas também tenho qualidades, é claro.

Me considero racional e correto. E, até certo ponto, sou confiável.
Fora isso, não sei, deixo pros outros descobrirem.